Em 16 de junho de 2017, a professora Bia Mattioli, do primeiro ano do ensino fundamental do
Colégio Alvorada
de Ribeirão Preto, SP, envia ao artista, via rede social, a seguinte mensagem:
“Paulo. Moro em Ribeirão Preto e sou professora de artes em um colégio da cidade. Estamos trabalhando a arte na Região Sul e fizemos um estudo sobre seu trabalho, sobre sua vida e meus alunos me questionaram sobre o artista estar vivo e em atividade e uma das frases foi a seguinte: ‘Tia se ele está vivo, por que não o procuramos para ele dar um depoimento sobre como é ser um artista?’ Eu fiquei sem resposta e, diante deste questionamento, lhe envio esta mensagem para saber se há a possibilidade de você escrever a eles ou, quem sabe, gravar um vídeo?”
Obviamente emocionado por motivar estudos durante o ano letivo de uma escola e sensibilizado pelo pedido feito, Paulo escreve à turma algumas das dificuldades de ser um artista, ao tempo em que afirma:
“A cada tela que concluo, olho agradecido para o que produzi, bato no peito e digo para mim mesmo (inspirado em Gn. 1, 1-36): ‘Foi eu que fiz. Este sou eu. Esta é minha obra. Isto é bom.’” ...e continua... “O que distingue seres humanos de outros seres vivos, dentre outras, é a capacidade de pensar, por isso, pensando bem, se a vida fosse fácil, não seria para nós, seres humanos. Ser um artista não é nada fácil, entretanto, humano que sou, suspiro dizendo: ‘é muito bom!’”
Assim, o artista passa a manter contato com a turma e recebe, em 29 de junho, as primeiras imagens das releituras de suas obras. Das imagens recebidas identifica, além da obra “De mão em mão”, que o sensibilizou, e da “Touros”, que o surpreendeu, as interpretações das obras “Silhueta”, “Chimarrão”, “Chaleira”, “Mate doce”, “Um momento juntos”, “RODA DE CHIMARRÃO - Em torno do churrasco” e “Café para quem sabe ...comer”.