Agendada pelo SESC Ijuí desde o ano anterior, é chegada a hora de mostrar, de 01 a 31 de maio de 2017 e com ato inaugural marcado para as 19 horas do dia 02 de maio, a primeira parte da mais nova série de óleos sobre tela chamada de Pessoas Trabalhando pelo seu criador, o artista visual ijuiense Paulo Gobo.
A inauguração de sua exposição Pessoas Trabalhando acontece às 19 horas do dia 02 de junho, onde o Sistema Fecomércio RS/SESC e o artista recebem representantes dos meios de comunicação social e toda comunidade ijuiense e regional com um coquetel e conversa com o artista.
Ter uma de suas obras tombada na Câmara dos Deputados é, para Paulo Gobo, a expressão do reconhecimento de um trabalho que, infelizmente, nem todo mundo considera. Muita gente ainda vive sob a égide do velho e hostil conceito de trabalho para o qual somente quem atua sob o sol e/ou dispende enorme esforço físico, “suando muito a camiseta” e cumprindo horário sem remuneração condizente é que trabalha e, o que é pior, faz apologias à ela.
Esta forma retrógrada de perceber e valorar o trabalho e a distribuição do trabalho no mundo do trabalho faz eco ao senso comum em detrimento do bom senso, pois implica desconsiderar, hostilizando até, o trabalho, a trabalhadora e o trabalhador que não a contemple.
Pensando nisso, o artista começa a produzir sua segunda série temática de óleos sobre tela que, embora venha em resposta a estas questões do trabalho, não se furta o dever de com ela problematizá-las ainda mais.
A série Pessoas Trabalhando visa lembrar que todo trabalho é digno e, quem quer que o exerça também o faz com o intuito de pagar suas contas, suas contribuições, seus impostos, quitar suas possíveis dívidas e realizar seus sonhos.
Assim, Paulo opta por representar essas figuras humanas em ação, na forma palito, que julga condizente com a visão do senso comum que o provoca.
E é com esta expressão infantil que conclui, em 2016, os primeiros lotes de óleos com esta abordagem: Palhaço, Agricultora, Professora e Filósofo - alusão à obra de Auguste Rodin; Mecânica, Bailarino, Doméstico e Construtora civil e Juiz, Gari, Minerador e Escritora e, até a data da exposição, Frentista, Estivador, Fotógrafa e Padre, Modelo, Dentista, Padeiro e Cantora e Metalúrgico, Bancária, Policial e Jardineiro.
A partir de então, esta nova série temática, igualmente provocativa, passa a ser também a quarta coletânea que o artista cura e oferece para exposições.